Cotidiano
O cinema brasileiro está prestes a ganhar mais uma obra de peso que promete mexer com as emoções do público. A aguardada produção trará o renomado ator Wagner Moura no papel do icônico filósofo e educador Paulo Freire. Conhecido mundialmente por sua atuação em séries e filmes de sucesso, como Tropa de Elite e Narcos, Moura agora se prepara para um desafio ainda mais profundo: interpretar um dos maiores pensadores da educação do século XX.
A importância de Paulo Freire na Educação mundial
Paulo Freire não é apenas um nome destacado na educação brasileira; ele é um ícone global. Seu método de alfabetização, desenvolvido e aplicado no sertão do Rio Grande do Norte, revolucionou a forma como a educação é vista e praticada, especialmente entre populações marginalizadas. O filme, intitulado Angicos, será baseado justamente nesse experimento pedagógico que Freire conduziu em 1963, quando alfabetizou 300 trabalhadores rurais em apenas 40 horas. Este feito é considerado um marco na história da educação mundial, e a adaptação cinematográfica busca fazer jus à importância desse momento histórico.
A escolha de Wagner Moura para o papel
A escolha de Wagner Moura para interpretar Paulo Freire não poderia ser mais acertada. Além de seu talento inegável, Moura é conhecido por seu engajamento em causas sociais e políticas, o que o aproxima ainda mais do perfil de Freire. O ator, que recentemente brilhou em produções como Guerra Civil e O Agente Secreto, tem se mostrado um artista versátil, capaz de encarnar personagens complexos com uma intensidade que cativa o público.
O desafio de representar Paulo Freire vai além da atuação; trata-se de dar vida a um homem cujas ideias continuam a inspirar gerações de educadores ao redor do mundo. O papel exige uma compreensão profunda das nuances do pensamento de Freire, bem como da realidade social na qual ele atuava. Moura, que tem em seu currículo personagens intensos e de grande relevância cultural, como o Capitão Nascimento, certamente trará uma interpretação à altura.
A equipe por trás de Angicos
A direção de Angicos estará nas mãos de Felipe Hirsch, cineasta conhecido por sua sensibilidade na condução de narrativas densas e significativas. Hirsch, que já havia se destacado com Severina, agora se propõe a contar a história de Freire com o respeito e a profundidade que o tema exige. A produção contará ainda com a consultoria da família de Paulo Freire, o que garante uma fidelidade maior aos acontecimentos e à filosofia do educador.
O roteiro é fruto de uma colaboração cuidadosa entre o dramaturgo Juuar e o escritor e colunista Itamar Vieira Junior, ambos comprometidos em trazer à tona a essência do trabalho de Freire. Já a trilha sonora, um elemento crucial para a imersão do público na atmosfera do sertão nordestino dos anos 60, será assinada por Egberto Gismonti, um dos mais renomados compositores e multi-instrumentistas brasileiros.
A produção do filme está sob a responsabilidade de Adriana Tavares, da Café Royal, com coprodução da Cenya Productions e Reagent Media. Essa combinação de talentos promete entregar uma obra cinematográfica de alta qualidade, que não só contará a história de Paulo Freire, mas também prestará uma homenagem ao seu legado.
O contexto histórico e a relevância de Angicos
O experimento de alfabetização realizado por Paulo Freire em Angicos, no Rio Grande do Norte, é mais do que um capítulo da história da educação brasileira; é um exemplo de como a educação pode ser um instrumento de transformação social. Freire acreditava que o processo de ensino-aprendizagem deveria ser dialógico, permitindo que os alunos fossem coautores de seu próprio conhecimento. Essa abordagem, que ficou conhecida como Pedagogia do Oprimido, desafiou as metodologias tradicionais e colocou Freire como um dos principais teóricos da educação crítica.
O filme Angicos não apenas retratará esse momento histórico, mas também servirá como um veículo para reintroduzir as ideias de Freire a um público mais amplo, especialmente em tempos em que a educação enfrenta desafios significativos. A obra, portanto, não se limitará a contar uma história; ela será um convite à reflexão sobre o papel da educação na sociedade contemporânea.
A importância da consultoria da família Freire
Um dos grandes diferenciais de Angicos é a participação direta da família de Paulo Freire na produção do filme. Essa consultoria é fundamental para garantir que a representação do educador seja fiel e respeitosa, evitando distorções que possam comprometer a integridade de sua imagem e de seu legado. A presença da família assegura que o filme se mantenha alinhado aos princípios e à visão de mundo de Freire, o que é essencial para a autenticidade da obra.
Expectativas para a estreia
Embora ainda esteja em fase de desenvolvimento e sem uma data de estreia definida, Angicos já está gerando grande expectativa entre críticos e fãs de cinema. A união de um elenco talentoso, uma direção comprometida, e um roteiro cuidadosamente elaborado faz com que essa produção seja uma das mais aguardadas dos últimos tempos. Para os admiradores de Paulo Freire e para aqueles que reconhecem a importância da educação como ferramenta de transformação social, o filme promete ser uma experiência emocionante e inspiradora.
Um filme para ser compartilhado
Angicos não será apenas mais um filme biográfico; será uma obra que convida à reflexão e à ação. Ao contar a história de Paulo Freire, o filme nos lembra da importância de lutarmos por uma educação inclusiva e transformadora, que respeite e valorize as experiências e saberes de todos. A escolha de Wagner Moura para o papel principal é um indicativo de que a produção será profunda e emocional, capaz de tocar o público de maneira única.
Portanto, se você é apaixonado por cinema, educação, ou simplesmente deseja conhecer mais sobre a vida e obra de Paulo Freire, Angicos é um filme que você não pode perder. E quando ele finalmente estrear, não se esqueça de compartilhar essa história incrível nas suas redes sociais para que mais pessoas possam se inspirar na jornada desse grande educador.
As pessoas também perguntam
Qual foi a ideia de Paulo Freire?
A ideia central de Paulo Freire foi transformar a educação em uma ferramenta de libertação. Ele acreditava que o processo de ensino deveria ser dialogado, onde alunos e professores participam ativamente na construção do conhecimento. Freire propôs que a educação fosse um ato de conscientização, ajudando os indivíduos a entender e questionar a realidade ao seu redor, promovendo assim a transformação social.
Qual era o pensamento de Paulo Freire?
O pensamento de Paulo Freire estava fundamentado na ideia de que a educação deve ser um processo emancipador, capaz de transformar a sociedade. Ele defendia que o conhecimento não deve ser simplesmente transmitido de forma passiva, mas construído de maneira coletiva. Freire via a educação como um caminho para a conscientização dos oprimidos, capacitando-os a agir contra as injustiças e a construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Qual é a ideologia de Paulo Freire?
A ideologia de Paulo Freire é baseada no humanismo e no compromisso com a justiça social. Ele acreditava que a educação deve ser libertadora, promovendo a autonomia dos indivíduos e desafiando as estruturas de poder opressoras. Sua pedagogia é profundamente crítica e politizada, incentivando os educandos a questionarem o status quo e a buscarem a transformação social.
Qual é o método de ensino de Paulo Freire?
O método de ensino de Paulo Freire, conhecido como "Pedagogia do Oprimido", é centrado no diálogo e na participação ativa dos alunos. Ele rejeitava o modelo tradicional de educação, que via como "bancário", onde o professor deposita conhecimento nos alunos. Em vez disso, Freire propunha um ensino onde educadores e educandos aprendem juntos, construindo conhecimento a partir das experiências e do contexto de vida dos estudantes. Este método visa despertar a consciência crítica, permitindo que os alunos se tornem agentes de mudança em suas próprias vidas e comunidades.
O cineasta e roteirista Oliver Stone irá filmar um filme sobre o ex-presidente Lula (PT), segundo notícia divulgada pelo jornalista Fernando Morais.
Morais publicou em uma de suas redes sociais o seguinte:
“O grande cineasta americano Oliver Stone (três Oscar no embornal) chega ao Festival de Deauville, na França, para apresentar seu novo filme JFK2. Amigo do Brasil, antes do fim do ano Oliver estará entre nós para filmar seu longa sobre Lula”.
Em dezembro de 2020, o petista esteve em Cuba e gravou um documentário, de longa-metragem, dirigido pelo cineasta.
Quem é Oliver Stone?
Simplesmente um dos maiores cienastra dos Estados Unidos e tem em seu curriculo várias premiações e filmes como: Snowden: Herói ou Traidor, Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, As Torres Gêmeas, JFK - A pergunta que não quer calar, The Doors entre vários outros.
Vejas história e biografia do Oliver Stone aqui!
LULA, O filho do Brasil (filme de 2009)
O filme do cineasta brasileiro Fábio Barreto conta a trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva desde sua infância no interior de Pernambuco até os tempos de militância sindical em São Paulo nos anos 80 e sua prisão durante a ditadura militar, aos 35 anos.
Na época o filme sobre a vida de Lula lotou cinemas, recebeu premiações e mostrou que Lula é o maior exemplo de meritocracia do Brasil, foi de filho de nordestino que sobreviveu a um pau de arara a conquista de ser presidente da republica de um país que faz questão de tirar a oportunidade de jovens pobres.
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O texto do Rogério Ramos postado nas rede sociais detalha como é contraditório o uso dos super-heróis do mundo nerd na defesa de políticos da extrema direita no Brasil que se assimilam ao nazismo alemão. A verdade é uma gigantesca ignorância e falta de noção, principalmente por sabermos que os super-heróis são ideologicamente defensores dos direitos humanos.
• X-Men é sobre direitos civis. Se você não percebeu isso, não entendeu X-Men.
• Pantera Negra é sobre direitos civis. Se você não percebeu isso, não entendeu Pantera Negra.
• Capitão América literalmente enfrentou nazistas. Ele é a personificação da luta contra a extrema-direita. Se você não percebeu isso, não entendeu Capitão América.
• O Império em Star Wars é fascista. A Aliança Rebelde é antifascista. Se você não percebeu isso, você não entendeu Star Wars.
• O Justiceiro não foi feito para ser um modelo para a polícia ou Forças Armadas. Seus roteiristas o fizeram falar claramente contra isso em suas revistas. Se você não percebeu isso, você não entendeu o Justiceiro.
• Deadpool é queer. Ele é pansexual. Fato. Se você não percebeu isso, não entendeu Deadpool.
• Star Trek é sobre igualdade entre todos os gêneros, raças e sexualidades. Já em meados dos anos 60, a série adotava uma postura pró-escolha e defendendo o direito de escolha das mulheres. Um de seus temas mais claros é aceitar diferentes culturas e aparências e trabalhar juntos pela paz. (Também é anticapitalista e pró-vegana). Se você não percebeu isso, não entendeu Star Trek.
• Superman e Supergirl (e vários outros super-heróis) são sobre imigrantes. A posição desses quadrinhos é pró-imigração e pró-igualdade e aceitação. Se você não percebeu isso, você não entendeu Superman ou Supergirl.
• Stan Lee disse: "O racismo e o fanatismo estão entre os males sociais mais mortais que assolam o mundo hoje". Se você é fanático ou racista, não entendeu nenhum dos personagens que Stan Lee criou.
• As histórias com as quais crescemos nos ensinaram a valorizar outras pessoas e culturas e valorizar as diferenças entre nós. Somente os vilões eram xenófobos, sexistas, racistas ou totalitários. Não consigo entender como alguém poderia não ter percebido isso.
• Se você está chateado por haver um Homem-Aranha preto, ou um Capitão América preto, ou uma Thor, ou que a Miss Marvel seja muçulmana, ou que a Capitã Marvel seja pró-feminismo ou qualquer outra coisa que os "fãs" de direita dizem, como ”estarem roubando a minha infância” - você nunca entendeu isso, em primeiro lugar. As coisas que você alega que estão agora “cedidas aos esquerdistas” nunca estiveram do seu lado, para começar.
Se você se considera um fã dessas coisas, mas ainda acha que a comunidade LGBTQI+ está muito "na sua cara", ou tem um problema com o Black Lives Matter, ou deseja "tomar o país de volta dos imigrantes", então você não é realmente um fã.
A cultura nerd não se tornou de repente de esquerda... sempre foi sobre igualdade. Você foi ensinado a ser intolerante. Você se tornou o vilão nas histórias que costumava amar.
Da Revista Fórum - Brasil precisa pôr fim à insanidade que começou com promessas delirantes de acabar com mamadeiras de piroca e comunismo imaginários nas escolas e um impulso quase sexual por armas. A brincadeira custou caro!
Há dois dias uma notícia atingiu o Brasil no estômago. Uma fila com centenas de pessoas, em Cuiabá (MT), debaixo de sol inclemente, se formou para desesperadamente aguardar uma doação de ossos que iriam para o lixo de um grande açougue da cidade. O fato dispensa contextualização acadêmica. É miséria pura, aos olhos do mundo.
É uma fotografia que materializa os dados divulgados em abril deste ano, fruto de um estudo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça, da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com a Universidade de Brasília (UnB): 59,4% dos lares brasileiros apresentaram algum nível de insegurança alimentar.
125 milhões de seres humanos no Brasil, num universo total de 212 milhões de habitantes do país, não podem se alimentar adequadamente. Entre eles, 13%, ou seja, 27 milhões, vivem neste momento em miséria absoluta, sem nada, ao Deus dará, famintos, sem casa, sem água, sem coisa alguma.
Esse será para sempre o legado da aventura tresloucada que foi eleger um mau-caráter assumido, quadrilheiro ralé, militar golpista, insubordinado e parlamentar corrupto, moralista, estúpido e hipócrita que prometeu ao Brasil acabar com um comunismo abobalhado imaginário, erradicar mamadeiras com bico de piroca que seriam usadas por esquerdistas em escolas para converter criancinhas em futuros gays e que alimentou ao limite a tara incontida de pobres diabos que desejam um revólver mais que tudo na vida.
A loucura caótica de Jair Bolsonaro, somada a uma absoluta ausência de qualquer forma de planejamento ou estratégia, junto às legiões de abutres da pilhagem que se encostaram em seu “governo” para impor o pragmatismo aético do “mercado”, cujo emissário é o parasitário ministro Paulo Guedes, resultam hoje, três anos depois, num país devastado, empobrecido e vergonhosamente mendicante.
15 milhões de brasileiros não têm qualquer renda, enquanto outros 33 milhões fazem bicos e biscates. A economia, que era a 6ª maior do mundo há 10 anos, caiu para a 13ª posição. As universidades viram seus bancos esvaziarem, a juventude voltou ao limbo da total falta de horizonte e a pobreza visível está espalhada por todos os 5.568 municípios do país.
Pegar osso é saída para frações de nossa população. Outros milhares se aglomeram nas portas de todos os supermercados clamando (muitas vezes agarrando pelo braço) por uma moeda ou para ganhar um saco de arroz. Estamos num umbral desesperador, falidos como nação, vivendo uma apatia que parece irreversível.
Enquanto isso, o discurso oficial é negar. O Brasil melhora a passos largos, nos livramos da corrupção, da tomado de poder pelos tirânicos comunistas e a moral da família cristão voltou a imperar. E isso merece uma comemoração, que ocorre em sábados alternados por meio de motociatas com insígnias nazifascistas que brindam o renascimento de um país pujante.
O louco sorri. Xinga como um bêbado de botequim. Ameaça como bandido miliciano. Ri de mortos por sufocamento. Brinda os projetos que beneficiam bilionários. Defende estelionatários da fé que roubam as últimas moedas dos mais vulneráveis.
Texto escrito por Henrique Rodrigues para a Revista Fórum.
O descontrole do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com a economia desde a sua posse em 2019 tem empobrecido as famílias brasileiras. Um estudo que vem sendo divulgado desde o dia, 29/06, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 70% da população está superendividada.
O péssimo gerenciamento dos preços dos combustíveis, energia, taxa de juros e da cesta básica, já mostrava um endividamento fora do normal da população em 2020 com 66,5% e em 2019 63,6%.
Cerca de 78,7% de todos os endividados são com cartão de crédito e o destino destes gastos tem sido em grande maioria com comida, 16,8% com boletos de veículos e 9,5% com o financiamento da casa própria e 8,5% com crédito pessoal.
A inadimplência das famílias, ou seja, com contas e dívidas atrasadas e sem perspectiva de prazo de quitação das mesmas chega a 25,5% como em 2020, superando os 24% de 2019. Já para 11% dos endividados as contas não vão ser pagas de maneira nenhuma por falta de condições mínimas, superando os 9,6% de 2019.
A média de tempo das famílias ficarem endividadas no Brasil gira em torno de 7,2 meses, acima dos 6,9 meses em 2019.
Aumento do diesel, gasolina e gás
Depois do aumento de 52% da bandeira vermelha 2 de energia, foi a vez do diesel, gasolina e gás de cozinha que já gera um acumulo de alta acima dos 40% até julho desse 2021. A pesar do aumento ser nas refinarias, o preço na bomba da gasolina passa dos R$6,00, álcool (valor inflaciona junto com a gasolina) e diesel de R$5,00 e o gás de cozinha R$100,00.
Em abril, o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da Petrobras depois que o presidente Bolsonaro fez uma série de críticas aos reajustes de preços de combustíveis praticados na gestão de Roberto Castello Branco, mas a politica sem controle de aumento dos combustíveis continuam.
Desvalorização do Salário e alta da cesta básica
Segundo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) calculou que o salário-mínimo necessário para uma família se manter com a cesta básica custando em média R$ 634,53 reais, deveria girar em torno de R$ 5.330,69, que corresponde a 4,85 ao valor atual do salário de R$ 1.100,00.
A base dos cálculos do DIEESE é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
O efeito negativo de Bolsonaro com a pandemia do coronavírus no mercado faz risco país disparar.
A decisão do Fed (banco central dos EUA) de imprimir dinheiro foi tomada para combater os efeitos da recessão econômica causada pela pandemia de covid-19.
Paralelamente, a taxa de juros foi reduzida e hoje está próxima de zero. Quando isso acontece, o país tende a ficar "menos atraente" aos olhos dos investidores estrangeiros, que tendem a buscar outros mercados com retornos maiores sobre seu capital.
Como resultado, o dólar perdeu valor ante as principais moedas do mundo menos para o real brasileiro.
Na verdade, a moeda brasileira se provou uma exceção, trilhando um caminho contrário às divisas de outros muitos países, inclusive emergentes: registrou forte desvalorização frente ao dólar no ano passado e recuperou-se um pouco nos últimos meses.
A série de gráficos a seguir, elaborados por Henrique Castro e Claudia Yoshinaga, professores da Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido da BBC News Brasil, mostra o comportamento do real frente ao dólar em três períodos diferentes, de 31 de janeiro de 2020 a 29 de janeiro de 2021, de 31 de julho de 2020 a 29 de janeiro de 2021 e, por fim, de 30 de outubro de 2020 a 29 de janeiro de 2021.
Como se pode observar, no primeiro período, de 31 de janeiro de 2020 a 29 de janeiro de 2021, ou seja, desde o início da pandemia do coronavírus, o real perdeu quase 22% de seu valor frente à moeda americana, deixando para trás o limite "psicológico" de R$ 4 por dólar. Foi o pior desempenho entre as 30 moedas mais negociadas do mundo mais o peso argentino.
Por que isso acontece?
O 'descolamento' do real das moedas de outros países, inclusive emergentes, se deu principalmente a questões internas, como risco fiscal e as incertezas sobre a trajetória da dívida pública brasileira, ao passo que as reformas prometidas pelo governo, não aconteceram.
O rombo nas contas do Tesouro foi de R$ 743 bilhões. Esse déficit ajudou a aumentar a dívida pública, que foi de 74,3% para 89,3% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma dos bens e serviços produzidos por um país) em um ano.
E o governo precisará pagar 57% dessa fatura, de R$ 1,4 trilhão, até o 1º semestre deste ano.
E existe uma pessiama política sendo excutada nesse momento e tudo isso preocupa os investidores e impacta evidentemente no comportamento do real frente ao dólar, assinalam os especialistas.
Coronavírus
A pandemia do coronavírus (covid-19), mostrou ao mundo um poder de ingerencia do Brasil, o auxilio emergencial que beneficiou 67,9 milhões que receberam parcelas de R$ 600,00 e depois R$ 300,00 ao custo de R$ 293 bilhões e agora terá mais quatro parcelas de R$200,00 que impactará nos cofres públicos.
A falta de vacinação e o discurso desacreditado do Brasil para os investidosres promove uma fuga em massa de dinheiro.
na sexta-feira, 05/03, o dólar bateu os R$ 5,69 e na quarta-feira 03, a moeda americana bateu recorde chegando aos impressionantes R$ 5,75.
A fragilidade do dólar que não se aplica ao Brasil
A moeda americana está em colapso e deve cair 35% até o final do ano promovido por um déficit em conta corrente dos EUA, ou seja, o país paga mais no exterior pela troca de bens, serviços e transferências do que recebe.
Sua projeção é de que esse déficit continue a impulsionar a queda da moeda.
"A queda do dólar não deve ser exagerada", escreveu Mark Sobel, presidente para os EUA do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF), no início de janeiro no site do centro de estudos.
Falando sobre o Brasil, ele nota que "apesar das dificuldades que temos, a percepção é que vai se fazer o mínimo para solucionar esse problema (fiscal). Com isso, nossa taxa de câmbio pode se aproximar do que o fator externo sugere, uma taxa bem mais baixa", diz o economista, ressalvando "que todo esse risco fiscal gera muita volatilidade".
Impacto na vida dos brasileiros
O real desvalorizado tem impacto não apenas no bolso de quem quer ou precisa comprar dólares ou de quem adquire produtos importados.
A indústria nacional consome uma série de insumos importados, como é o caso do segmento eletrônico. E há uma série de itens cuja formação de preços acaba sendo influenciada pelas cotações internacionais, como é o caso dos combustíveis e das commodities em geral.
Vamos usar como exemplo a crise do arroz no Brasil que desvalorizou além da maior demanda internacional, que elevou os preços para aumentar a receita em reais de quem vende para fora.
Assim, o produtor às vezes prefere exportar do que vender no mercado interno. A menor disponibilidade no mercado interno, por sua vez, eleva o preço para a mesa do brasileiro.
A mesma lógica vale para o milho, para a soja, para o açúcar, isso explica porque os alimentos subiram tanto de preço nos últimos meses.