A empresa alemã de peças automotivas Mahle anunciou que está desenvolvendo um motor elétrico sem ímã que não requer elementos de terras-raras. As terras-raras são compostas por 17 elementos químicos, sendo eles o escândio (Sc), o ítrio (Y) e mais 15 lantanídeos: lantânio (La), cério (Ce), praseodímio (Pr), neodímio (Nd), promécio (Pm), samário (Sm), európio (Eu), gadolínio (Gd), térbio (Tb), disprósio (Dy), hólmio (Ho), érbio (Er), túlio (Tm), itérbio (Yb) e lutécio (Lu).

Os representantes da empresa relatam que o novo motor é eficiente e extremamente durável.

À medida que muitas das grandes montadoras começam a trocar os veículos movidos a gasolina por aqueles que funcionam com motores elétricos, a questão dos metais de terras-raras adquiriu urgência adicional - a China produz aproximadamente 90% dos metais de terras-raras usados ​​em motores elétricos, e a China é o único país que atualmente possui capacidade de processamento para manuseá-los em grandes quantidades. Esta situação forçou os fabricantes de automóveis em todo o mundo a confiarem nos fornecedores chineses, o que os deixou preocupados.

Em resposta, as montadoras e outras entidades começaram a procurar desenvolver motores elétricos que não necessitem de ímãs, o que significa que não precisarão de metais de terras-raras. A maioria dos desenvolvidos até agora tem contado com dispositivos de contato rotativos que transferem eletricidade para bobinas de cobre em um rotor. O novo motor da equipe da Mahle eliminou esses contatos, tornando o motor mais eficiente e durável, pois removeu um dos pontos de estresse. Em vez disso, o novo motor usa bobinas energizadas em seu rotor, transferindo energia para os rotores giratórios por indução, o que significa que eles nunca precisam se tocar e que o motor não tem superfícies que se desgastem.

Funcionários da Mahle observam que o motor será menos caro de produzir sem os metais de terras-raras. Eles também observam que o projeto permite ajustar e alterar os parâmetros do rotor, o que, por sua vez, permite melhorar a eficiência. Durante os testes, eles descobriram que o design era 95% eficiente, o que eles observam que até agora só foi alcançado por carros de corrida de Fórmula E. Eles ainda observam que o aumento da eficiência pode ser alcançado em velocidades diferentes, o que ajudaria as baterias de carro a durar mais. Eles esperam que a produção em massa do novo motor comece em aproximadamente dois anos e meio, o que sugere que a empresa já formou uma parceria com uma montadora ainda desconhecida.

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Fonte: Engenharia é