A vida não tá fácil para quem apoiou o golpe do impeachment, principalmente para aqueles que se aventuram pelos lados do nordeste. O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), esteve hoje, 26/05, em Fortaleza/Ceará, para participar de um evento internacional promovido pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Católica de Brasília e Organizações das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que acontecia no auditório do Hotel Praia Centro.

O evento contou com protestos de professores que questionaram o senador que repetia a frase “ainda dá para reverter o golpe”, - será que ele se coloca como golpista ou golpeado? Já que o senador foi à tribuna após a farra de criminosos tomarem posse como ministro no governo Michel Temer (PMDB-SP), questionou por que não tem mulher? “Acho estranho que um governo que tinha a proposta de unir e tentar tirar o Brasil da crise coloque somente homens para atuar”, disse Cristovam.

As manifestações ganharam força quando a palestra do Cristovam que tinha o tema “Educação Sustentável” começou e surgiram cartazes, interrupções e na sequência vaias seguidas de gritos de ordem “fora do Ceará golpista", "traidor do povo brasileiro”, “Senador não manche sua história” e “ouça a voz da democracia”.

Cristovam conclui a palestra e saiu em seguida e no caminho recebeu mais questionamentos e a frase voltou a ser repetida pelo senador antes de deixar o auditório “ainda dá para reverter o golpe”.

Professores escracham senador Cristovam Buarque em evento educacional na capital Fortaleza

Hostilização vem ocorrendo em todo o país

O senador Cristovam Buarque no inicio de maio foi hostilizado em uma livraria na capital federal Brasília, momento que o senador estava em duvida se votaria ou não contra o impeachment. O senador Romário (PSB-RJ) recentemente foi chamado de golpista em um requintado hotel no estado da Paraíba, vaiado no aeroporto do Galeão - Rio de Janeiro após seu voto favoravel ao impeachment e também em algumas favelas que o mesmo frequentou após a votação.

Os deputados Wilson Filho (PTB-PB), Tiririca (PR-SP) e Vitor Valim (PMDB-CE), foram enfrentados por mulheres de idade "calar a boca, pois covarde e vendido não tem direito de defesa” e por aí segue a vida dos parlamentares que votaram a favor de algo, menos a melhoria do Brasil.

FOTOS: MAURI MELO/O POVO

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