A foto que ilustra o texto fala por si só, na manhã do dia, 18/03, na praça da matriz, centro de Iguatu, o grupo do deputado estadual, Agenor Neto (PMDB), realizou o que eles chamaram de passeata pela saúde. Nós sabemos que todos têm o direito e o dever de ir às ruas e cobrar por melhorias mesmo, porém, no Iguatu acontece algo que o Ministério Publico (MP), precisa ir atrás para esclarecer a população, se teve ou não o uso indevido de equipamento publico em evento com características pessoais e eleitorais, além de retirar estudantes do ensino fundamental das suas respectivas atividades escolares.
Segundo um professor (a) da rede municipal que não quis se identificar para evitar represálias,"não temos transporte escolar quando precisamos realizar uma simples atividade de campo, mas para manifestação politiqueira pessoal tem, isso além de ser um abuso é vergonhoso, tem também os cargos comissionados que recebem o convite para participar psicologicamente intimidador e ainda tem o 'talvez' da maioria dos pais dessas crianças se quer sabem que seus filhos estão na movimentação de um evento que foi avaliado como fracasso pelos próprios participantes", disse.
Entenda o que acontece com a saúde no Iguatu
O tema tem sido usado politicamente na região e já rendeu episódios constrangedores ao ilustríssimo deputado. O ponto central se deu quando os prefeitos de Acopiara, Vilma Florentino (PSB) e o de Jucás, Raimundo Luna (PDT), chamaram publicamente o mesmo de mentiroso ao afirmarem que as cidades que compões o consórcio que mantem o Hospital Regional de Iguatu (HRI), estava pago por todos e não entendiam porque os recursos não chegavam ao HRI, isso aconteceu no momento que Agenor tentava transferir a culpa do caos dos recursos para o governo do estado usando uma fala sem explicação lógica nenhuma, sempre comparando HRI com o Hospital de Sobral, nunca foi claro com essas comparações, talvez com a intenção de alienar a população por conta da indignação com a falta de saúde local, pra esconder as prioridades da gestão, só que o HRI além da cobertura ser bem menor, representa nem 1/3 do tamanho físico e não tem nem 10% das especialidades que se tem por lá, "O hospital de Sobral recebe 10 vezes mais dinheiro que o de Iguatu, porque? Que descriminação é essa?", repete sempre que pode o pmdbista.
A historinha com os Camilianos
A crise na saúde local chegou a um ponto tão serio, que a entidade filantrópica “Os Camilianos”, abandonaram o hospital por falta de repasses financeiros do município.
O primeiro desgaste entre prefeitura e Camilianos foi no final de 2014, momento que a cobrança foi solicitada via ministério publico, o segundo desgaste no inicio de 2015 e gerou o rompimento total da parceria e os Camilianos foram embora sem olhar para trás.
A campanha de desqualificação dos Camilianos foi tão intensa pela maquina municipal, que além do deputado, o prefeito Aderilo Alcântara (PSD), foi a vários meios de comunicação alegando que os Camilianos não reduziram os custos como acordado (700 mil reais por mês). Se a redução era o critério como explicar a fala do ex-secretário de saúde, Joabe Soares (PSDB), no inicio do convênio destacava com positividade em várias entrevistas que o município gastava pouco mais de 1 milhão de reais e que o Camilianos teriam todo o apoio para realizar as melhorias que a população esperava. A pergunta é, se tinha recurso antes e da noite para o dia ele sumiu? Porque? Uma coisa nós sabemos, depois do fim dessa parceria a “saúde lenda nota 10” voltou ruim com força total.
Leia também:
Camilianos poderão deixar Hospital Regional de Iguatu
Foto: RR Interativo
Adicionar comentário