MBL deixou de ser contra cargos políticos e corrupção, hoje ocupa cargos com salários milionários como recompensa por ter apoiado o golpe na democracia brasileira.
A Folha de S. Paulo líderes do movimento nos protestos pró-golpe foram indicados a cargos comissionados em Porto Alegre, Goiânia, Caxias do Sul (RS) e São Jose dos Campos (SP), em sua maioria jovens e no início da carreira pública.
Ramiro Zinder que foi candidato a vereador pelo DEM, hoje ocupa um cargo na diretoria da Secretaria de Turismo de Florianópolis e agradeceu pelo Facebook o MBL por ajudá-lo a se tornar uma liderança política.
A indicação e contração de integrantes do MBL derrotados nas eleições vem acontecendo por todo o pais em alianças entre o movimento e partidos burgueses como PSDB, DEM, PMDB.
Segundo o líder do movimento Kim Kataguiri, as indicações foram técnicas e não políticas e que o movimento quer levar pessoas de qualidade para os órgãos públicos. As prefeituras procuradas pela redação da Folha negaram critérios políticos para as contratações.
Para entender melhor o MBL vamos analisar seus colaboradores. Por trás desse movimento está a empresa imperialista dos irmão Koch que é responsável pelo faturamento de 15 bilhões de dólares anuais, ela esteve envolvida no roubo de 5 milhões de petróleo em uma reserva ambiental e foi multada em 30 milhões de dólares por conta de vazamento de óleo.
O MBL surge em 2015 em meio a uma profunda crise no país, em apoio a burguesia e a banqueiros exigindo do estado mais ataques contra os trabalhadores.
O movimento que se diz contra a corrupção se coloca lado a lado aos partidos mais corruptos para defender suas ideias liberais, fazendo alianças com figuras como Paulo Skaf (PMDB), grande defensor da PL 4330 a PL da terceirização que visa ampliar o trabalho terceirizado precarizando ainda mais as condições de trabalho.
A nomeação de membros desse movimento a cargos comissionados é mais uma amostra do que pretende o governo ilegítimo de Michel Temer junto a seus apoiadores, após a provação no Senado da Reforma Trabalhista e com a ameaça da Reforma da Previdência, nossas expectativas de vida e lazer são quase nulas.
A proposta do governo ilegítimo apoiado pelos partidos burgueses e pelo MBL é que tenhamos cada vez menos condições de existência, “negociando“ com o patrão e sem perspectivas de se aposentar.
O Movimento Brasil Livre que se diz de juventude é o primeiro a apoiar as reformas impopulares de Temer que atacam a toda a classe trabalhadora, mas principalmente a juventude. A incorporação de figuras desse movimento a secretarias e diretorias pelo pais é contraditória ao discurso do próprio movimento que se diz por fora da política tradicional, mas que hipocritamente, a favor dos ataques, assume esses cargos. É mais uma prova de que os partidos da ordem em aliança com movimentos reacionários pretendem descarregar cada vez mais a crise capitalista nas nossas costas.
Reprodução: Plantão Brasil
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