Em um período de 50 dias de violência na Palestina, a palavra "genocídio" emergiu das discussões especializadas e da solidariedade ao povo palestino, alcançando manchetes de notícias e discursos de líderes globais, incluindo o presidente brasileiro, o secretário-geral da ONU e o Papa Francisco. Falar sobre genocídio em relação à ocupação colonial israelense e à limpeza étnica sistemática na Palestina costumava ser proibido, mas a situação mudou, especialmente após a intervenção do Presidente Lula no Brasil.

Israel e EUA promovem genocídio na Palestina maior que da 2ª guerra
Palestinos correm de um lado para outro, mas muitos são bombardeados em hospitais e lugares que teoricamente estavam fora da zona de risco

Em 7 de outubro e nos dias subsequentes, poucas organizações, como a Federação Árabe Palestina do Brasil, mencionaram o genocídio em andamento, mesmo com divergências entre os apoiadores da Palestina. A brutalidade israelense não podia mais ser ignorada, forçando os defensores do regime israelense a lidar com essa nova realidade. Os EUA e seus aliados, como de costume, negaram o genocídio e rotularam aqueles que o mencionaram como "antissemitas".

A magnitude da atual carnificina na Palestina é impressionante, equivalendo ou até superando genocídios históricos, incluindo a Segunda Guerra Mundial. Em menos de 50 dias, mais de 22 mil palestinos foram mortos, com uma média de 468 mortes por dia em uma população de 2,2 milhões. Comparativamente, durante a limpeza étnica de 1947, foram registradas cerca de 15 mil mortes em quatro anos.

Destaca-se o genocídio das crianças palestinas, com mais de 11 mil delas assassinadas ou desaparecidas, tornando-se uma das características mais sombrias desse conflito. A matança em escala industrial também se estendeu às mulheres palestinas, com mais de 4.500 delas mortas. Esses números indicam uma intenção clara de exterminar o povo palestino, tornando evidente a natureza genocida das ações de Israel e dos EUA.

Israel e EUA promovem genocídio na Palestina maior que da 2ª guerra
As ajudas humanitárias têm enfrentado dificuldades para chegar devido à destruição causada por grupos radicais colonos israelenses

A descrição da matança como "genocídio das crianças" não é exagerada, dado o alarmante número de mais de 11 mil crianças palestinas assassinadas ou desaparecidas. A cada dia, testemunhamos uma média impressionante de 230 crianças perdendo a vida, quase o dobro das perdas diárias durante a Segunda Guerra Mundial. Essa realidade deveria despertar indignação e ação imediata, mas existe uma intenção clara de exterminar o povo palestino, tornando evidente a natureza genocida das ações de Israel e dos EUA.

A esterilização coletiva da sociedade palestina, visando prejudicar sua capacidade reprodutiva, acrescenta uma camada adicional de horror a essa tragédia. Considerando essa realidade, a comunidade internacional é instada a tomar medidas, incluindo a exclusão de Israel da ONU e o rompimento de relações com o estado, que também é acusado de promover o apartheid em toda a Palestina. A ação urgente é necessária antes que seja tarde demais para a Palestina e para a humanidade.

A tortura ocorre diante de todos; na foto, um palestino sem roupa, com um tiro na perna, está sendo interrogado com o uso da força

 

Fotos das redes sociais da Federação Árabe Palestina do Brasil – FEPAL. O texto foi escrito com informações da agencias de notícias.

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