É um fato, as políticas de cotas no Brasil deram certo! Os programas que ajudaram as universidades realmente a pensarem e integraram pluralmente acontece no Brasil desde o início da década de 2000.
A política de cotas surgiu na Índia na década de 1930, as quotas raciais são consideradas, pelo conceito original, uma forma de ação afirmativa para reverter o racismo histórico contra determinadas profissão, etnias ou raças. No Brasil o Supremo Tribunal Federal analisou a questão das quotas raciais em 2012 e reconheceu, por unanimidade, sua constitucionalidade.
No Brasil segundo o IBGE as cotas deram tão certo que o registro de jovens negros cursando o ensino superior já representa a maioria em 2019, no ano de 2005 eram de apena de 2,2%, em 2010 passou para 9,9% e em 2015 chegou aos 17%. Os índios também passaram a alcançar porcentagens de 0,1% em 2005 para mais de 7% em 2015 e pessoas com deficiência 5%, jovens brancos com renda per capta de até um salário mínimo 22%.
A publicação da portaria 545 no Diário Oficial da União da quinta-feira, 18 de junho, do então ministro da educação, Abraham Weintraub, que foi forçado a entregar o cargo por conta de esta citado nas investigações dos processos dos atos antidemocráticos e das fake News, revogou uma portaria de 2016 feita pelo ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) no final do governo Dilma Rousseff (PT) que determinava que as instituições adotassem esses programas para ampliar a “diversidade étnica e cultural” no corpo discente, em outras palavras, garantiria oficialmente a política de cotas para negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades e institutos federais.
O ato sem decência do ministro que fugiu do Brasil em seguida, foi questionado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mandes, que deu prazo de 48h para o MEC se explicar sobre o ato do ex-ministro Weintraub.
"Intime-se com urgência o Advogado-Geral da União, via WhatsApp, sobre o objeto da presente arguição, para que preste informações em 48 horas. Após o decurso do prazo, voltem os autos conclusos para exame da medida liminar pleiteada", determinou Mendes.
O que precisamos entender é porque um ministro de estado elabora tão cruel ação em um programa que consegue resultados positivos e reais ao país? Porque tanto ódio contra as minorias de quem ocupava um cargo que veio do povo para servir ao povo? Excluir pessoas que batalham diariamente por uma oportunidade que mude suas vidas é cruel e inconstitucional.
O Brasil está contaminado não somente pelo coronavírus, mas também pela doença do fascismo, que enrustido por um falso patriotismo, multiplica a ignorância e um liberalismo entreguista esquecendo dos 210 milhões de brasileiros que dependem das políticas públicas básicas, que estão lhe sendo negadas, para sobreviver.
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