Política
Nos últimos dias as redes sociais, Facebook, Twitter, Orkut, entre outras, vem divulgando o caso dos índios Guarani Kaiowá, inclusive muitas pessoas estão adicionando o sobre nome Guarani Kaiowá e varias pessoas ainda não sabem o absurdo que esta acontecendo.
Tudo começa em meados de julho, indígenas da etnia Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul (MS) no Centro-Oeste brasileiro tentam retomar parte do território sagrado “tekoha”, em Guarani, no Arroio Koral, localizado no município de Paranhos.
A terra está em litígio e, em dezembro de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto homologando a demarcação da terra, porém a eficácia do decreto foi suspensa logo em seguida pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, em favor das fazendas Polegar, São Judas Tadeu, Porto Domingos e Potreiro-Corá.
Em 29 de setembro, a Justiça Federal de Naviraí em Mato Grosso do Sul decidiu pela expulsão definitiva da comunidade Guarani-Kaiowá e, diante da decisão, os indígenas lançaram uma carta afirmando a intenção de morrer juntos, lutando pelas terras e fazem o pedido para que todos sejam enterrados no território pleiteado.
O assunto veio à tona, depois desta “carta-testamento”, que foi interpretada como suicídio coletivo, os Guarani Kaiowá falam em morte coletiva no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em nota divulgada no último dia 23.
Pistoleiros versos Força Nacional
Cansados da morosidade da Justiça em agosto último, cerca de 400 indígenas decidiram montar acampamento para pleitear uma resolução. Horas depois, pistoleiros invadiram o local. Houve conflito, que resultou em indígenas feridos, sem gravidade e, com a chegada da Força Nacional, os pistoleiros se dispersaram e fugiram.
À época, o Guarani Kaiowá Dionísio Gonçalves afirmou que os indígenas estão firmes na decisão de permanecer no tekoha Arroio Koral, mesmo cientes das adversidades que terão de enfrentar, já que o território sagrado reivindicado por eles fica no meio de uma fazenda. “Nós estamos decididos a não sair mais, nós resolvemos permanecer e vamos permanecer. Podem vir com tratores, nós não vamos sair. A terra é nossa, até o Supremo Tribunal Federal já reconheceu. Se não permitirem que a gente fique é melhor mandarem caixão e cruz, pois nós vamos ficar aqui”, assegurou.
Latifúndio esta assassinando muitos índios
A batalha pela retomada de terras indígenas se arrasta no Mato Grosso do Sul e o estado é responsável pelos mais altos índices de assassinatos de indígenas, que lutam pela devolução de terras tradicionais e sagradas. Já foram registrados muitos ataques, ordenados por fazendeiros insatisfeitos com a devolução das terras aos seus verdadeiros donos.
O processo continua em andamento, mas tem caminhado a passos muito lentos, já que ainda não foi votado por todos os ministros. Assim, os Guarani Kaiowá decidiram fazer a retomada da terra. Na última sexta (19) um grupo esteve em Brasília e fincou cinco mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, em protesto e pedindo que a Justiça resolva a pendenga.
>> Veja aqui quais povos indígenas que temos no Brasil <<
Texto modificado de Daniela Novais da Revista Fórum
Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil
Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Naviraí-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Naviraí-MS.
Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.
Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.
Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.
Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.
Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.
Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay
Após receber trabalhos enviados de todas as regiões do país, o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento anuncia os finalistas desta segunda edição. Pelo regulamento, são três finalistas em cada uma das sete categorias. Porém, em razão de empate na avaliação da Comissão Julgadora, há quatro concorrentes nas categorias Mídia Impressa e Especial de Gênero, contabilizando um total 23 trabalhos na disputa final. Os vencedores serão conhecidos na festa de entrega dos troféus, para convidados, a ser realizada no dia 12 de novembro no Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro.
O resultado das eleições no Iguatu para o Partido dos Trabalhadores (PT) foi considerado positivo para maioria de sua militância, além de eleger dois vereadores, Marconi Filho com 1.528 votos e Rômulo Fernandes com 910 votos, a aliança com o Partido Republicano Brasileiro (PRB) mostrou positividade durante o processo.
Tenho pelo Chile um carinho todo especial. Na época do golpe o Chile era o país latino-americano com maior estabilidade político, uma democracia, sempre aberto a receber os perseguidos políticos do nosso continente. Aqui mesmo do RN esteve por lá entre outros o nosso querido Rubens Lemos e sua família. Grande parte da intelectualidade brasileira, perseguida pelos golpistas de 1964, se refugiou no Chile.
Sempre no mês de setembro relembro essa data. Este ano, (2012), fui conhecer a capital chilena, ver de perto o seu povo, conversar com os camaradas do Partido Comunista do Chile, saber como andam as coisas por lá. Foi uma excelente viagem. A capital chilena e as cidades de Valparaiso e Vina del Mar são belas, agradáveis e o seu povo muito hospitaleiro. Valeu a pena conhecer a terra de Neruda e de Gabriela Mistral.
Revi, hoje, o filme Chove sobre Santiago, dirigido por Helvio Soto, 1975, uma produção Franco/Búlgaro. Filme que merecia ser levado as salas de aula e exibido nos principais canais de televisão. Reproduzo uma sinopse sobre ele, que diz: “Filme sobre o golpe militar no Chile em 1973. Direção de Helvio Soto, 1975. O filme retrata a preparação e o momento do golpe, quando o governo de Salvador Allende, estando totalmente isolado na área militar, é derrubado. Allende, vitorioso nas eleições presidenciais de 1970 assume o governo, mas não o poder, pois o aparelho de Estado e a organização burocrático-militar é mantido intacta pelas forças reacionárias e elas não aceitam as mudanças que o governo Allende iniciou com o seu governo, beneficiando as camadas populares, era a Unidade Popular implementando as reformas de base no Chile e isso feria os interesses econômicos dos grandes grupos empresarias do país e do imperialismo norte-americano. Estes desencadeiam sabotagens, boicotes, gerando desabastecimento de gêneros de primeira necessidade para a população com o objetivo de criar um clima de crise, com isso desestabilizar o governo Allende”. Nas palavras do Embaixador dos Estados Unidos em Santiago, E. Korry, a Eduardo Frei, em carta de outubro de 1970, ele diz: "Deve saber que não permitiremos que chegue ao Chile um parafuso, nem uma porca... Enquanto Allende permanecer no poder, faremos tudo ao nosso alcance para condenar o Chile e os chilenos às maiores privações e misérias..."
Portanto, estava em preparação o golpe de Estado consumado em 11 de setembro de 1973, na operação sob o nome de “Chove Sobre Santiago”, executada pelas forças reacionárias do Chile, que teve como ponta de lança as Forças Armadas sob o comando do general Pinochet e que contou com o apoio direto da CIA, do governo dos EUA e também dos governos ditatoriais da América Latina, associados, depois, com o imperialismo norte-americano na "Operação Condor". O aparelho militar-policial do Estado chileno realizou um dos maiores banhos de sangue contra um povo nas últimas décadas na América Latina, o pior, tudo em nome da “democracia”. O próximo ano (2013) completa 40 anos desse famigerado golpe na democracia chilena, momento oportuno para realizarmos (Uern) um seminário sobre, A América Latina e o seu futuro.
Texto: Antonio Capistrano - ex-reitor da UERN
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará instalará seções eleitorais em quatro presídios no Estado, beneficiando 214 presos provisórios, que estarão aptos a votar nas próximas eleições. As seções eleitorais serão instaladas no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, na Penitenciária Industrial Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte e nas Casas de Privação Provisória de Liberdade, em Itaitinga e Caucaia.
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará distribuirá para as rádios, em todo o Estado, o jingle “Vote Limpo e Consciente”, de autoria do juiz de Direito, Eduardo Gibson Martins, que nas próximas eleições presidirá a 169ª Junta Eleitoral, no município de Hidrolândia.