O golpe era sim para golpear a democracia, barra a Lava jato, massacrar o trabalhador e livrar PMDB e PSDB da justiça.

A bomba estourou hoje, 23/05, na capa do jornal “Folha de São Paulo”. O diálogo que tem mais de 1h30 de duração entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) com o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado (PMDB-CE), deia claro que a republica sofreu um golpe para colocar a corrupção novamente para debaixo do tapete.

As gravações foram feitas de forma oculta e estão em poder da Procuradoria-Geral da Republica (PGR). Sergio passou a procurar lideres do PMDB com medo do processo do Supremo Tribunal Federal (STF) fosse para as mãos do juiz Sergio Moro e o dialogo com Jucá foi justamente uma ação política para acabar com a Lava Jato. Sergio afirma que não fez e nem faz ação contra as investigações e queria garantias do PMDB para se livrar das culpas que lhe são dadas no processo do STF. O senador diz que já havia conversado com deputados, senadores e juízes do STF, “é consenso que a Dilma precisa cair para barra a Lava Jato que implica nós e o PSDB”. (coincidência os processos do Aécio Neves (PSDB-MG) terem sido arquivados pelo juiz Gilmar Mendes?)

Sergio Machado ainda diz que novas delações da Lava Jato não deixariam “pedra sobre pedra” e pede a Jucá, “Quero uma estrutura para me proteger se não... Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo, evitar que eu desça, por que se eu descer você já sabe”, ameaça.

Confira um trecho da gravação que confirma a articulação para que o golpe do impeachment:

Machado: era mais fácil colocar o Michel Temer

Jucá: Só o Renan Calheiros que esta contra essa porra. “Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha”. Gente esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

Machado: É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá: Com o supremo, com tudo.

Machado: Com tudo, ai parava tudo.

Jucá: É. Delimitava onde está, pronto.

Vamos destacar que essa conversa entre a cúpula corrupta do PMDB foi em março e na sequência o Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aceitou o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT-RS). O Dialogo confirma que ela não aceitaria acordo corrupto como o Michel Temer aceitou e tem aceitado.

Detalhe que merece destaque, o Romero Jucá foi o autor do requerimento de urgência para a cassação do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MT) e que falou e planejou um abafa a corrupção bem menos que a corja pmdebista.

Escrito com informações da Folha e das agencias.